O Superior Tribunal de Justiça (STJ), por decisão do ministro Sebastião Reis Júnior, concedeu habeas corpus a Victor Gabriel Alves, caminhoneiro de 23 anos, que havia sido preso no dia 16 de outubro transportando 823 quilos de cocaína. A droga, avaliada em R$ 50 milhões, estava escondida em pacotes de polenta e foi interceptada em Marília, interior de São Paulo. O destino da carga era Diadema, na Grande São Paulo.
Victor confessou em depoimento que receberia R$ 15 mil para transportar a droga. Ele chegou a tentar escapar pelo matagal durante a abordagem, mas foi capturado pela Polícia Federal.
Na audiência de custódia, a juíza Alessandra Mendes Spalding concedeu liberdade provisória, considerando que o caminhoneiro é réu primário, tem residência fixa, é pai de dois filhos e possui emprego fixo. A decisão gerou indignação e críticas de autoridades, incluindo o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, que classificou a soltura como "inadmissível".
Posteriormente, o desembargador Christiano Jorge, do Tribunal de Justiça de São Paulo, revogou a liberdade e determinou a prisão novamente de Victor. No entanto, o ministro Sebastião Reis Júnior concedeu o habeas corpus, alegando que não havia histórico criminal nem indícios de envolvimento com organizações criminosas.
A decisão reacende o debate sobre a atuação do Judiciário em casos envolvendo o tráfico de drogas e a aplicação de medidas cautelares.
Blog Ponto40
Foto divulgação
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