Na manhã da quinta-feira (12/9), a Polícia Federal deflagrou a Operação Teatro Invisível, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa que atuava na propagação de informações e notícias falsas durante campanhas eleitorais para o cargo de prefeito em mais de dez municípios do estado do Rio de Janeiro.
Foram cumpridos quatro mandados de prisão preventiva e 15 mandados de busca e apreensão, todos expedidos pelo Juízo da 8ª Zona Eleitoral do Estado do Rio de Janeiro. A Justiça também determinou o bloqueio de bens dos investigados, com o valor total de R$ 1 milhão para cada um.
As investigações apontaram que a organização criminosa, liderada por ex-ocupantes de cargos públicos, operava um sofisticado esquema para influenciar o processo eleitoral. Os membros contratavam pessoas para espalhar notícias falsas sobre candidatos adversários, infiltrando-se em locais públicos e divulgando desinformações para manipular eleitores em favor de seus contratantes.
Os propagadores recebiam R$ 2 mil mensais, enquanto os coordenadores do esquema criminoso, contratados por prefeituras, ganhavam R$ 5 mil por mês. Em ano eleitoral, os coordenadores eram exonerados e substituídos por "laranjas", mantendo seus vínculos com o esquema.
Os contratados reportavam suas atividades diárias, incluindo o número de eleitores abordados e convertidos. Os envolvidos estão sendo investigados por crimes como organização criminosa, desvio de funcionários públicos, uso de "laranjas", lavagem de dinheiro e a disseminação de notícias falsas, entre outros.
Balanço da Operação
4 pessoas presas;
15 mandados de busca e apreensão cumpridos.
Apreensões:
R$ 188.300,00 em espécie;
3 veículos de luxo blindados;
Celulares e dispositivos eletrônicos;
Documentos diversos.
A operação foi conduzida pela Divisão de Repressão a Crimes Eleitorais (DRCE) e pela PF no Rio de Janeiro, com o apoio do Ministério Público Eleitoral.
Blog Ponto40
Com informações da Assecom PF
Vídeo crédito PF
Comments