Na tarde da última sexta-feira (11/10), o delegado Andreson Alves, titular da 46ª Delegacia de Polícia Civil de Presidente Kennedy, município a cerca de 220 km de Palmas/TO, divulgou detalhes sobre a prisão de uma servidora pública, de 26 anos, acusada de aplicar golpes que resultaram em prejuízos superiores a R$ 100 mil. A suspeita, contratada pela prefeitura, teria utilizado documentos pessoais de colegas de trabalho e pais de alunos para contrair empréstimos fraudulentos e financiar seu vício em apostas online.
A prisão foi decretada pela Vara Criminal da Comarca de Guaraí e ocorreu durante a Operação Apate, liderada pela 46ª DP com apoio da 5ª Divisão Especializada de Combate ao Crime Organizado (DEIC - Guaraí). A autora foi localizada e presa pelos policiais civis.
Esquema Criminoso
De acordo com o delegado Andreson, a servidora, que trabalhava em uma creche municipal, se aproveitava de sua posição para enganar as vítimas. Ela pedia selfies e documentos pessoais dos pais, alegando que precisava atualizar o censo escolar dos alunos, mas na realidade usava essas informações para abrir contas digitais em nome das vítimas e realizar empréstimos fraudulentos.
Ela também enganava os colegas de trabalho sob o pretexto de criar uma pasta digital dos servidores, obtendo seus dados pessoais e utilizando-os para os mesmos fins.
Acrescentou o delegado. Ao todo, o golpe rendeu R$ 100 mil de prejuízos para servidores, colegas de trabalho e pais de alunos.
Dinheiro Perdido em Apostas
A quantia obtida com os empréstimos era transferida para a conta pessoal da autora, que rapidamente a gastava em apostas online. Segundo a investigação, o dinheiro nunca lhe rendeu lucro algum, sendo integralmente perdido nos jogos.
Além dos R$ 100 mil provenientes das vítimas, a suspeita já havia vendido seu carro e sua casa para financiar as apostas e contraiu outras dívidas, o que elevou seu prejuízo pessoal a quase R$ 1 milhão.
Prisão e Investigação
A suspeita permanece à disposição da Justiça e o inquérito será concluído e remetido ao Poder Judiciário e ao Ministério Público. O delegado Andreson Alves destacou a gravidade do caso, que envolveu várias vítimas e teve como motivação o vício em apostas online.
A prisão desta investigada destaca o problema das apostas online, um fenômeno que rapidamente se espalhou pelo Brasil. As pessoas, na busca por lucro fácil e no desejo de sustentar o vício, acabam por recorrer a expedientes criminosos para levantar dinheiro ou pagar dívidas geradas pelos jogos, afirmou o delegado.
A Operação Apate foi nomeada em referência à Deusa Apate, da mitologia grega, conhecida como a Deusa do Engano, Dolo e Fraude.
Blog Ponto40
Com informações da Assecom SSP TO
Foto divulgação
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