O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) garantiu a condenação de três homens pelo homicídio do policial militar João Victor Serafim Ramos, ocorrido em 30 de junho de 2023, no bairro de Felipe Camarão, zona Oeste de Natal. O crime foi julgado pelo 2º Tribunal do Júri de Natal, e os acusados foram sentenciados por integrar organização criminosa armada e homicídio duplamente qualificado.
Os condenados são André Luiz Souza Santos, Keven Sousa do Nascimento e Davy Lucas Medeiros dos Santos Moreira. Eles foram considerados culpados por praticarem o homicídio com recurso que impossibilitou a defesa da vítima e por o crime ter sido cometido contra um agente de segurança pública em função de seu cargo. Além disso, André Luiz Souza Santos foi condenado por porte ilegal de arma de fogo.
As penas impostas foram:
André Luiz Souza Santos: 36 anos, 10 meses e 13 dias de reclusão, mais 282 dias-multa;
Keven Sousa do Nascimento: 23 anos, 4 meses e 4 dias de reclusão, mais 89 dias-multa;
Davy Lucas Medeiros dos Santos Moreira: 29 anos, 3 meses e 8 dias de reclusão, mais 107 dias-multa.
O Caso
Na noite de 29 de junho de 2023, um casal residente no bairro de Felipe Camarão teve uma discussão em contexto de violência doméstica. O namorado da filha do casal, um adolescente, contatou a organização criminosa "Sindicato do Crime do RN" para intervir. Davy Lucas, Keven Sousa e um adolescente foram ao local para "resolver" a situação. Durante a conversa, a mulher mencionou que seu companheiro "colava com polícia", o que levou os criminosos a sequestrarem o casal e o levarem até a liderança local, André Luiz, conhecido como "Fantasma".
Ao confirmarem que o número do policial João Victor Serafim Ramos constava no celular do homem, os criminosos planejaram uma emboscada. No dia seguinte, por volta das 12h, o policial foi atraído à residência do casal e, ao chegar, foi surpreendido pelos criminosos, que o executaram com 21 tiros.
A condenação dos três homens é resultado de um trabalho intenso de investigação e produção de provas, que levou a um julgamento que durou mais de 14 horas. O MPRN reafirma seu compromisso com a justiça e o combate às organizações criminosas.
Blog Ponto40
Com informações da Assecom MPRN
Foto cedida
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