Na noite desta quarta-feira (4), durante o debate entre os candidatos à prefeitura de Parnamirim, o candidato Professor Eron, do Partido dos Trabalhadores (PT), causou grande polêmica ao afirmar que "policial não é herói e não deve ser tratado como herói". A declaração gerou uma onda de reações nas redes sociais e em grupos de WhatsApp, além de um intenso debate no âmbito político e entre profissionais da segurança pública.
Além da polêmica em torno das forças de segurança, é importante destacar o histórico político do Professor Eron. Embora tenha ingressado no serviço público como professor do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN) em 01/09/2009, Eron parece ter dedicado grande parte do seu tempo à política, uma vez que, desde 2004, tenta se eleger para cargos públicos. O histórico é extenso:
- 2004: Candidato a vereador
- 2008: Candidato a vereador
- 2010: Candidato a deputado estadual
- 2012: Candidato a vereador
- 2016: Candidato a vereador
- 2024: Mais uma vez, candidato a prefeito
Com esse longo histórico de campanhas, fica a dúvida: como conciliar tantas tentativas eleitorais com o trabalho em sala de aula? Será que durante suas campanhas ele continua exercendo sua função como professor? Ou estaria se ausentando frequentemente?
Além disso, vale ressaltar que, de acordo com o portal da transparência do governo federal, o Professor Eron recebeu, em março de 2024, a quantia de R$ 21.745,06. Um valor bastante elevado, que supera o salário de muitos policiais — os mesmos que ele desvaloriza publicamente.
Com esse salário, vivendo possivelmente em um ambiente mais seguro, Eron talvez não dependa tanto da atuação policial no dia a dia. No entanto, para a população comum que vive em áreas de risco e conta com a proteção das forças de segurança, a desvalorização dos policiais, feita pelo candidato, soa como um completo desprezo pela realidade de quem arrisca a vida para proteger a sociedade.
A afirmação de que policiais "não são heróis" desconsidera o trabalho essencial que esses profissionais realizam, muitas vezes com recursos limitados e enfrentando o perigo diário. Para um candidato que deseja governar Parnamirim, onde a segurança pública é uma das principais preocupações, tal comentário revela um profundo distanciamento das necessidades reais da população.
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