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Alligueiton (PIO): o advogado que comanda o tráfico em Ponta Negra e a falência do uso de tornozeleiras eletrônicas


Alligueiton Patrício de Araújo, advogado inscrito na OAB sob o número 18781, não é apenas um nome nos registros da advocacia do Rio Grande do Norte, mas também um dos maiores líderes do tráfico de drogas na Vila de Ponta Negra, em Natal. Conhecido no submundo do crime como "Pio", Alligueiton possui uma extensa ficha criminal, com quatro processos no Tribunal de Justiça do RN, incluindo tráfico de drogas e participação em organização criminosa.


Detido diversas vezes pelas forças de segurança – com destaque para operações da Polícia Federal, DENARC e DEICOR –, Alligueiton já deveria estar cumprindo pena em regime fechado. No entanto, a mais recente prisão, em setembro de 2024, se transformou em uma das maiores falhas do sistema judicial: em menos de dois meses, ele foi liberado com o uso de tornozeleira eletrônica, uma medida claramente ineficaz para criminosos de sua periculosidade. Como já era esperado, Alligueiton rompeu o equipamento e agora está foragido, livre para continuar suas atividades criminosas.


A série de prisões de Alligueiton Patrício de Araújo mostra a dedicação das forças policiais em combater o tráfico de drogas em uma das regiões mais afetadas pelo crime organizado no estado. Em 2023, uma operação conjunta entre a Polícia Penal do RN e a Polícia Federal culminou na prisão de Alligueiton, que já era considerado um dos maiores líderes da facção criminosa que domina a Vila de Ponta Negra. Ele não só comandava o tráfico de drogas, como também estava envolvido na chamada "sintonia dos gravatas", onde advogados facilitavam as atividades do crime organizado.


As ações policiais, no entanto, parecem ser constantemente minadas por decisões judiciais que colocam em liberdade perigosos criminosos com o uso de tornozeleiras eletrônicas. A situação de Alligueiton é um exemplo gritante da falência desse modelo de "monitoramento". Para criminosos de alto escalão como ele, a tornozeleira é pouco mais que um adereço descartável, rompido sem dificuldade para permitir sua fuga e retorno às atividades ilícitas.


A questão que fica é: até quando vamos ver criminosos de alta periculosidade sendo beneficiados com medidas que, na prática, apenas facilitam a continuidade de seus crimes? A reincidência de Alligueiton Patrício de Araújo não é um fato isolado, mas parte de um problema mais profundo em nosso sistema de justiça criminal. Deixar nas mãos de uma tornozeleira eletrônica o controle de indivíduos que já demonstraram total desrespeito às leis é uma afronta ao trabalho árduo das forças de segurança e à segurança da população.


Enquanto as autoridades não tomarem medidas mais rígidas e eficazes, criminosos como Alligueiton continuarão a tratar o sistema como uma piada. A Vila de Ponta Negra, assim como outras comunidades dominadas pelo crime organizado, pagará o preço dessa leniência judicial, com traficantes e seus comparsas livres para atuar sob o manto da impunidade.


O Blog Ponto40 seguirá acompanhando os desdobramentos do caso e continuará denunciando as falhas que permitem que criminosos perigosos escapem das consequências de seus atos.




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