Nos dias 2 e 3 de setembro, a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado do Rio Grande do Norte (FICCO/RN) deflagrou a Operação Malvaceae 2, com o objetivo de investigar a atuação de advogados que utilizavam suas prerrogativas funcionais de forma ilícita para promover a comunicação entre integrantes, presos e em liberdade, de uma facção criminosa. Esses recados eram recebidos e transmitidos nas unidades prisionais durante visitas de atendimento jurídico.
Com base em representação policial, a Unidade Judiciária de Delitos de Organizações Criminosas do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Norte (UJUDOCRIM) deferiu a execução de dois mandados de prisão preventiva e três mandados de busca e apreensão pessoal e domiciliar contra os advogados Álvaro Filgueira Sousa e Silva e Amanda Andrade Cezario, ambos indiciados por integrar uma organização criminosa com atuação no estado.
Um aspecto preocupante é que a advogada Amanda Andrade Cezario faz parte do corpo jurídico da Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar do RN, o que levanta preocupações sobre o acesso a informações sensíveis dos militares. A possível exploração dessas informações em benefício da facção criminosa é motivo de alerta para as autoridades.
Além disso, a investigação apontou que um dos advogados envolvidos também atuava diretamente na lavagem de dinheiro proveniente do tráfico de drogas operado pela facção, com atuação identificada na Zona Norte de Natal. Essa ação é uma continuidade da primeira fase da Operação Malvaceae, deflagrada em 29 de fevereiro de 2024.
A operação marca mais um importante passo no combate ao crime organizado no Rio Grande do Norte, destacando a necessidade de vigilância contínua sobre o uso indevido de prerrogativas jurídicas por profissionais que deveriam atuar em defesa da justiça.
Blog Ponto40
Com informações da Assecom PF
Foto site ACS e OAB
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